terça-feira, 19 de março de 2013

Com novo Civic, Honda busca 'virada' no Brasil


Ao contrário do ditado popular, ficou provado que um raio cai duas vezes no mesmo lugar, diz Issao Mizogushi, vice-presidente comercial da Honda do Brasil, ao lamentar os problemas que a empresa enfrenta por causa do terremoto ocorrido no Japão em março e das recentes enchentes na Tailândia. As duas catástrofes naturais provocaram a paralisação da produção de componentes no Japão usados nos automóveis feitos no Brasil, o que levou a marca a perder mais de 22 mil carros que não puderam ser fabricados em Sumaré (SP).
O terremoto ocorrido no Japão em março levou a empresa a cortar a produção no País à metade e a demitir 400 funcionários, porque não havia componentes eletrônicos para manter o ritmo normal da linha de montagem.
Quando começava a restabelecer o fornecimento, foi surpreendida pelas enchentes na Tailândia, que paralisou as fábricas locais nos últimos quatro meses. Há duas semanas, a montadora teve novamente de reduzir a produção dos modelos Civic, Fit e City em 30%. A fábrica deve encerrar o ano com produção de apenas 86 mil veículos, quando sua meta era superar os 108 mil fabricados em 2010.
"Foi um ano muito complicado para nós desde o tsunami no Japão e, quando estávamos nos recuperando, veio a enchente na Tailândia", desabafa Mizogushi.


Ele afirma, contudo, que a Honda está pronta para a "virada". Em janeiro, a empresa inicia as vendas do novo Civic, apresentado esta semana à imprensa. A versão renovada do sedã deveria ter sido lançada no meio deste ano, mas foi adiada para 2012 por causa dos problemas da escassez de peças, principalmente itens eletrônicos.
"Vamos recuperar a liderança no segmento de sedãs", prevê o executivo, que viu a participação da marca nas vendas cair de quase 4% no início do ano para 2,5%. A Honda iniciou o ano prevendo aumento de 5% nas vendas em relação a 2010 - de 126 mil unidades, incluindo importados -, mas vai se contentar com no máximo 100 mil. Para 2012, a previsão é chegar a 140 mil. A produção deve ficar em 120 mil carros.
Nacionalização. Em janeiro, a montadora retomará o ritmo normal de produção, com o retorno ao trabalho dos 800 funcionários que se revezam em férias coletivas desde junho.
A empresa vai investir R$ 300 milhões em 2012, boa parte na nacionalização de componentes para evitar a dependência das importações. A construção de uma nova fábrica no Brasil, projeto congelado por conta das dificuldades deste ano, volta a ser estudado, mas Mizogushi, mas ele adianta que nenhuma decisão sobre o tema foi tomada.
Entre os itens que serão nacionalizados estão motor de partida, amortecedor e alternador. O novo Civic já chega com mais conteúdo local em relação ao atual. Passaram a ser adquiridos no Brasil o sistema de ar condicionado e alguns itens estampados da carroceria.
O novo Civic chega com novidades tecnológicas, como câmera de ré e navegador. Os preços serão divulgados em janeiro, mas Mizogushi adianta que serão similares ao atuais, que vão de R$ 66,6 mil a R$ 103,6 mil.
O executivo afirma que os modelos Fit e City serão renovados no próximo ano, assim como o CR-V, trazido do México./ C.S.

Fonte: Estadão.

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